sexta-feira, 20 de abril de 2012

Cracóvia e Kazimierz

Saímos pela manhã do Hotel e fomos conhecer a história de Cracóvia. Passamos pelo castelo da dinastia Jangelônica, o castelo de Wawel, onde ouvimos a lenda do Dragão do castelo, do príncipe Krak e dos primórdios da cidade.

Fomos então para o bairro de Kazimierz, o multi centenário bairro judeu da cidade. Lá conhecemos a primeira sinagoga, construída ainda no século 13. Ficamos impressionados com o estado de conservação de tudo. Os prédios inteiros, as sinagogas de pé, as casas dos judeus, que hoje não mais se encontram, mas que ainda guardam nas paredes as marcas das mezuzot.

Batente de Casa no Antigo Bairro Judeu 
(a casa hoje pertence a um polonês, mas sua história está marcada na porta)


A paisagem aqui é muito diferente da de Varsóvia, onde não sobrou quase nada que lembrasse o Gueto, onde, no local onde ficava a grande sinagoga da cidade se impõe hoje um prédio da Peugeot e as construções do período comunista dominam a paisagem. Aqui, em Cracóvia, conhecemos uma cidade que não parece ter sofrido com a guerra.

O principal motivo para isso: Os nazistas queriam humilhar o povo polonês, transformar o histórico palácio real, símbolo da independência e do orgulho polonês na sede do governo nazista e residência de Hanz Frank, o nazista nomeado governador geral da Polônia. Os judeus foram expropriados de seus centenários lares, para que a bela cidade, capital histórica da monarquia polonesa, estivesse limpa de judeus e se tornasse o símbolo do domínio nazista sobre a Polônia. (Isso pode ser visto com clareza no início do filme A Lista de Schindler, quando os judeus deixam suas casas que são imediatamente tomadas por arianos e são levado para o Gueto, que fica do outro lado do rio).

Entrando no Wawel

No Wawel

No Wawel (nós também estamos aqui...)

Conhecemos então a antiga sinagoga, local de reunião dos primeiros judeus que vieram para cá, há mais de 600 anos e da população que crescia sobre a proteção do rei Casimiro III - judeus que chegavam de diversas partes da Europa, amparados pelo estatuto de Kalisz. Assim se formou uma rica e próspera comunidade.


Em frente ao Alt Shul

Conhecemos a sinagoga do Remá e seu cemitério. Um dos principais sábios do mundo Ashkenazi, autor do maior e mais conhecido livro de leis de todo o judaísmo europeu. Fomos ainda conhecer as sinagogas de Ajzek e Tempel, sendo esta última, impressionante pela beleza, grandeza e luxo.


Sinagoga do Remá

Sinagoga Ajzek

Após visitar o bairro judeu, fomos almoçar no centro da cidade, a maior praça aberta de toda a Europa, cercada de milenares coloridas edificações.

Na Praça da Cidade



2 comentários: