Lá conhecemos um belíssimo projeto do exército de Israel (Tsahal), de reunir informações sobre todas as pessoas que pereceram em Lodz durante a guerra: seus nomes, datas de falecimento, idade - e produzir placas, pequenas lápides, colocadas nos cemitério no local onde, sem qualquer honra ou humanidade, foram sepultados cerca de 45 mil pessoas em valas comuns. Se trata de humanizar esses heróis - dar um nome, um rosto e uma vida a cada um deles.
Projeto do Exército de Israel
De lá, fomos para a Radegast, a praça de deportação do Gueto de Lodz, semelhante e Umschlagplatz de Varsóvia. Lá há também um monumento em forma de trem, cuja locomotiva se assemelha a uma chaminé. Por dentro, seus vagões, que representam os anos da guerra (1939-1945) trazem nas paredes as listas dos deportados de Lodz.
Nesta praça as famílias se separavam e lançavam seus últimos olhares sobre seus entes queridos. Aqui embarcavam pessoas sozinhas ou famílias inteiras - crianças, jovens, adultos e idosos, para uma viagem de destino incerto, sem saber quanto tempo a jornada ia durar - sem água ou comida. Uma viagem para a qual não podiam levar consigo nada e durante a qual a fome, o frio ou o calor, a falta de ar e as epidemias garantiam que não seriam poucos os que tombariam pelo caminho.
Entramos em um vagão. Um vagão que transportava mais de 100 pessoas em cada "carregamento" durante a guerra. Somos apenas 40 e já nos sentimos sufocados. Nos sentamos e tratamos de imaginar e sentir o que sentiram aqueles que aqui estiveram. Abrimos nossos cadernos e escrevemos uma mensagem para o mundo. O que escrever para o mundo ou para nossa família quando estamos aqui neste vagão? Que mensagem queremos deixar?
Na estação de trem de Radegast
Dentro do Vagão, escrevendo um bilhete
Estação de radegast
Monumento de Radegast (trem com locomotiva chaminé)
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