segunda-feira, 30 de abril de 2012

No Free Shop

Já fizemos o check in e estamos no imenso Free Shop de Tel Aviv. São quatro horas da manhã e daqui a uma hora decolamos para a Holanda. Em Amsterdã teremos uma conexão relâmpago, mas espero conseguir postar quando estivermos lá.





Um abraço a todos e, mais uma vez, boa viagem para todos nós!

Momentos

Estamos reunidos no lobby do hotel. Já passa da meia noite em Israel e, dentro de instantes, subiremos no ônibus com destino ao Ben Gurion.

Publico abaixo um breve vídeo com imagens de nossa jornada. No caminho até o Brasil, bli neder, atualizo vocês durante as paradas (sempre e quando houver conexão disponível).


Boa viagem para todos nós!



Centésimo Post


Estamos chegando ao fim de nossa jornada com um grupo muito especial, porque unido e preocupado em transformar o mundo. Um grupo muito especial porque composto de pessoas muito especiais, que estão, aos poucos, encontrando seu lugar no mundo e se posicionando diante do que veem.

Imagino que os longos textos podem ser entediantes e sei que não trazem a um pai o mesmo sorriso que as coloridas e vivas fotos de seus filhos. Sei que muito do que escrevo abaixo já é sabido, principalmente por quem já acompanhou outras Marchas (apesar de que, a cada ano, é uma experiência totalmente nova), mas sinto a necessidade de publicar aqui, então aí vai:

A todos os queridos seguidores deste blog,

Do lobby do nosso hotel provisório, em Jerusalém, umbigo do mundo e centro do povo de Israel, em frente à uma máquina de Coca-Cola, escrevo estas que, provavelmente, serão as últimas palavras deste blog.

Não me refiro às últimas e finais palavras, pois, se D-s quiser, ainda atualizarei vocês no aeroporto em Israel, na Holanda e em São Paulo, durante essa longa jornada que temos pela frente (fiquem ligados, que tem mais postagens ainda até amanhã). Mas acredito que estas serão as últimas linhas sensatas e bem pensadas escritas aqui, longe da correria aeroportuária.

Em primeiro lugar, preciso dizer que esta viagem não teria sido possível sem a dra. Débora, minha esposa (também conhecida em casa simplesmente como Ima), que me faz muita falta durante essa longa jornada. Ainda que muitos possam não notar, é ela o motor e a âncora que me permite navegar e participar desta Marcha. Ima: Sei que você também nos acompanha aqui. Sei que eu não estava aí para ajudar com as crianças, mas aqui, do outro lado do mundo, mais perto que nunca de vocês, tento timidamente participar da construção de um futuro melhor para nosso povo e para nossas crianças. Sei que provavelmente perdi os primeiros passinhos do Rafael (que já fez 1 ano!), mas aqui acompanhei os gigantescos passos de jovens que fazem parte de um grupo maravilhoso - passos rápidos e largos que os levam a alçar distantes voos.    

Queridos leitores, pais e amigos desta página: esses são nossos últimos momentos juntos no blog, nessa conexão espiritual e virtual que encurtou a distância entre América, Europa e Ásia, através da proximidade entre nossos corações (Quebramos agora a barreira dos 100 posts e temos quase 300 comentários!) Também são os últimos momentos de nossa jornada aqui: uma jornada que começou há quase 1 ano, com encontros preparatórios, estudos e a formação de um grupo unido, pronto para mergulhar nessa experiência.

Por um lado, voltamos amanhã para os braços daqueles que amamos, enriquecidos com tudo o que vivemos e trazendo excelentes recordações. Por outro lado, amanhã não haverá mais piadas no ônibus, nem aventuras e descobertas novas, nem arenque, pepino ou tomate no café da manhã (atenção pais: nada de tomate ou pepino no café amanhã). Nos despedimos de um momento que não queremos deixar passar, ainda que suas memórias e lições permaneçam consoco para sempre.

Sei que vocês que estão aí, tão pertinho da gente, do outro lado do mundo, também sentirão falta.

Amanhã não terão mais motivo para servir uma xícara quente de café e aconchegar-se diante do monitor para ler as tortas linhas aqui escritas. Sei que sentirão falta dessa leitura, de estarmos juntos e, principalmente, de saber que estamos, na prática, fazendo a nossa parte para construir um futuro mais tolerante e próspero para a humanidade e para o povo judeu, através deste programa tão significativo.

Sabíamos que passaria rápido e nos esforçamos para aproveitar cada minuto. Certamente voltamos a Porto Alegre diferentes de quando saímos. Levamos conosco nosso testemunho, o legado de nossa história, algo para dividir e passar adiante, para nossos pais e para nossos filhos no futuro.

Vocês que estão aí, tão pertinho, do outro lado do mundo... Amanhã estaremos mais perto ainda. Não haverá lugar no aeroporto para todos os abraços.

Quero agradecer a companhia de vocês durante essa viagem, certamente não teria sido igual sem vocês ao nosso lado. Não teria sido igual sem vocês com a gente!

Muito obrigado!


Itinerário


São 18:25h aqui em Israel, 12:25h no Brasil.

Estamos de volta a Jerusalém, acomodados na Hachssaniá Beit Iehuda, onde recebemos quartos para descansar um pouco, tomar banho e nos preparar para a viagem de volta. No início da madrugada partimos para o aeroporto Ben Gurion, de onde voaremos para Amsterdam. Ficaremos apenas alguns instantes no velho continente e partimos para São Paulo, onde chegamos amanhã, por volta das 17:00h.

Seguimos então para Porto Alegre no voo 7486 da Gol, que chega a POA, se D-s quiser, amanhã às 23:35h.

Na Hachssaniá Beit Iehuda

Shvil Hasalat

Hoje dedicamos nossa manhã à causa ecológica: fomos conhecer projetos do KKL que fazem florescem o Neguev. Visitamos a floresta de Yatir e fomos a Chalutza, onde colhemos nossas próprias cenouras em verdes campos que cobrem o amarelo do deserto. Este projeto começou há 5 anos e já alterou consideravelmente a paisagem, realizando o sonho de Ben Gurion: trazer vida ao Neguev.

De lá, seguimos para o Shvil Hasalat (o caminho da salada) que dá ao visitante a oportunidade de conhecer as mais modernas técnicas agrícolas, além de experimentar saborosos tomates, pepinos, morangos e especiarias. Estufas cobertas transformam drasticamente o clima do deserto, possibilitando o crescimento das hortaliças. A produção é orgânica e utiliza, ao invés do pesticida, o controle biológico de pragas e abelhas selecionadas para polinização.

Lá também cultivam pimentas, que foram contra-indicadas por nosso guia. Apesar disso, alguns valentes se aventuraram a experimentar (claro que tudo foi filmado), resultado: conheceram de perto a dor e o desespero (de acordo com o guia, o efeito da pimenta ainda os acompanhará até o banheiro...).

Nós passeamos pelos cultivos e é permitido colher e comer qualquer coisa (embora não recomendem a pimenta). Provamos tomates italianos, tomate zebra, tomate israelense, pepinos, hortelã, entre outros. No túnel dos temperos, o guia fez uma brincadeira, vendando três pessoas que tinham que adivinhar o que estavam comendo. Claro que não tinham a menor ideia, só conhecem Mc Donalds...

Publico aqui algumas fotos de nosso verde dia.
Campo de Cenouras

Campo de Cenouras

Campo de Cenouras

Campo de Cenouras

Campo de Cenouras

Campo de Cenouras

Aprendendo sobre a Agricultura no Deserto

Aprendendo sobre a Agricultura no Deserto

Rafa Hess Comendo Tomate!!!

Tomate Cereja

Advertência para não Comer a Pimenta
(Reparem que a pimenta é tão forte que o "verry hot" é com dois erres)

Lucas Comendo a Pimenta

Almoço no Campo

Morangos

Morangos

Morangos

Conhecendo de perto as Abelhas de Polinização

Provando Temperos de Olhos Vendados

Liberando Pombos-Correio

Tomando Sorvete de Melancia em Forma de Melancia

 

Imagens do Deserto












Panorâmicas Camélicas




Uma Noite no Deserto

Agora são 14:40h aqui em Israel, 8:40h aí no Brasil. Estamos no ônibus, deixando o Neguev, onde fizemos um passeio ecológico nesta manhã (em breve contarei mais sobre hoje), em direção a Jerusalém, onde nos prepararemos para ir ao aeroporto.

Ontem estávamos isolados sem internet (o que tem certamente seu lado bom), portanto conto agora como terminou nosso dia após deixar a região de Massada e do Mar Morto:

Saímos do Mar Morto e subimos em direção a Kfar Hanokdim, uma aldeia beduína turística perto de Arad. Dizer que "do Mar Morto subimos" é certamente um pleonasmo, uma vez que não há no mundo lugar mais baixo que este, mas a pressão nos ouvidos durante esse breve trajeto de ônibus me compele a descrever assim a viagem.

Chegamos ao acampamento e fomos recebidos pelos beduínos para tomar um café na tenda, aprender sobre seus costumes e ouvir um pouco de música. Assim como nossos patriarcas, que eram nômades neste mesmo deserto, os beduínos dão grande valor à hachnassat orchim (receber bem as visitas).


Na Tenda

Fazendo Café

Um Pouco de Música

Fomos então aos camelos. Momentos de júbilo e risadas se alternavam com gritos de susto e desespero de quem não está acostumado com este tipo de veículo. No entanto, até os momentos camelofóbicos podem transformar-se em risadas quando estamos entre os melhores amigos. Um final de tarde incrível no deserto, com direito a por-do-sol no fundo.

 
















A seguir, fomos jantar na tenda. Nos sentamos de quatro em quatro, diante de grandes bandejas, servidas constantemente pelos beduínos. A grande pergunta: Como comer? Na falta de garfos e de pratos (e de imaginação para adivinhar como fazem os habitantes do deserto), falou mais alto a fome e cada um encontrou um jeito de comer a mistura de arroz, bolinho de carne, galeto, tehina e outros molhos, sujando-se o mínimo possível.


Jantar Beduíno

Após o jantar fomos levados à nossa tenda de dormir, onde cada um preparou sua cama. Por cama, entenda-se: finos colchões para evitar que se durma diretamente sobre a areia. "Quão finos?" - perguntará o leitor não familiarizado com a vida do deserto. Mais ou menos assim: se embaixo do colchão houver uma moeda de um real, o aspirante a beduíno que se deita sobre ele saberá dizer sem vacilar (se tiver habilidade e os necessários conhecimentos numismáticos) se é cara ou coroa.

Fizemos então uma fogueira, ao redor da qual nos sentamos e cantamos. Assamos marshmellows no espeto (sem dúvida a principal contribuição norte-americana para a vida no deserto e, possivelmente uma das maiores invenções do yankees em todos os tempos) e nos divertimos muito aprendendo novas canções. Fomos caminhar pelo deserto e sentir um pouco da calma que esse vazio proporciona. Foi um pouco difícil, já que haviam muitos outros grupos no acampamento, quebrando o silêncio do lugar.

Fogueira


Voltamos para a fogueira, conversamos e compartilhamos nossos sentimentos. Afinal, é nossa última noite em Israel (a próxima será a bordo do avião). Fomos dormir exaustos, já nos preparando para nosso último dia de jornada, que começou hoje de manhã.


Não tem Travesseiro?

Zzzzzzzzz.....